No ranking da WWF, o TIGRE aparece como o animal mais ameaçado de extinção do planeta. Pesquisas da ONG revelam que, hoje, existem menos de 3,2 mil exemplares da espécie soltos na natureza, ocupando cerca de 7% de seu habitat original, já que todo o resto já foi destruído pelo homem. Caçadores impetuosos nas florestas, esses animais se tornaram uma das presas favoritas dos homens. Isso porque a pele dos tigres tem um alto valor econômico e outras partes do corpo do felino ainda são compradas por um preço razoável, no mercado asiático, para uso medicinal.
O URSO POLAR se tornou o símbolo dos animais que sofrem com a perda de habitat natural por conta das mudanças climáticas, ocupando o segundo lugar da lista da WWF. Atualmente, cerca de 25 mil exemplares dessa espécie vivem no Ártico, mas o degelo na região, provocado pelo aumento da temperatura do planeta, pode matar dois terços desses animais. Além disso, as atividades petroleiras e os derramamentos de óleo no local contribuem para o aumento do risco de extinção da espécie
Um dos mais recentes animais a entrar na lista de ameaçados de extinção do planeta é a MORSA, que já ocupa a terceira posição do ranking da WWF. O derretimento das geleiras, causado pelo aumento da temperatura global, compromete uma série de atividades básicas desse tipo de animal, como alimentação, reprodução e proteção de predadores. Com isso, a espécie acaba migrando para áreas menos seguras e, consequentemente, está cada vez mais próxima da extinção. Em setembro de 2009, por exemplo, 200 morsas foram encontradas, mortas, em uma área terrestre do Alasca, bem longe do seu habitat natural.
O PINGUIM-DE-MAGALHÃES é a quarta espécie listada no ranking da WWF. Há alguns anos, os derramamentos de óleo eram o principal culpado pela ameaça de extinção desse tipo de pinguim, que vive em locais como as Ilhas Malvinas e a Patagônia. As mudanças climáticas, no entanto, mudaram esse cenário: hoje, o aquecimento das correntes marítimas é o principal responsável pela morte da espécie. Isso porque a alteração de temperatura da água afasta os peixes de seu habitat natural e, consequentemente, obriga os pinguins a nadar muito mais longe para conseguir alimento. No meio do caminho, muitos adoecem ou, até mesmo, morrem. Resultado: 12 das 17 espécies de pinguins conhecidas no planeta estão ameaçadas de extinção.
Ela existe há mais de 100 milhões de anos e, agora, por culpa da ação do homem, ocupa a quinta posição no ranking da WWF de espécies ameaçadas de extinção. A quantidade de TARTARUGAS-DE-COURO na natureza diminuiu 78% em cerca de 14 anos por conta da poluição e aquecimento das águas oceânicas e, ainda, da caça ilegal da espécie. Pesquisadores afirmam que, atualmente, há apenas 2,3 mil fêmeas desse tipo de tartaruga no Oceano Pacífico, onde vivem, e a quantidade de machos pode ser ainda menor, já que as tartarugas desse sexo são mais afetadas pelas mudanças climáticas.
A pesca predatória, incentivada pelo consumo excessivo, colocou o ATUM-AZUL em sexto lugar na lista da WWF. A falta de leis para a captura do peixe, que é um dos principais ingredientes do sushi, fez com que a quantidade de atum-azul diminuísse drasticamente nos oceanos de todo o mundo. Desde o século XIX, a população da espécie caiu mais de 80%, transformando a caça predatória do atum-azul em uma das pautas da COP-10.
A sétima posição do ranking da WWF é ocupada pelo GORILA-DAS-MONTANHAS. Atualmente, existem, apenas, 680 animais dessa espécie nas florestas da África, onde vivem. A maioria deles se concentra em regiões de conflito permanente entre humanos, o que faz com que seu habitat natural seja cada vez mais devastado. Além disso, a caça ilegal da espécie é muito comum na África e pode resultar na extinção permanente dos gorilas-das montanhas já na próxima década.
A BORBOLETA-MONARCA é outra vítima das mudanças climáticas que corre sério risco de extinção e, por isso, ocupa o oitavo lugar na lista da WWF. A espécie tem o hábito de atravessar os EUA, no inverno, para buscar o calor das florestas mexicanas. No entanto, as mudanças drásticas de temperatura e, principalmente, as tempestades atípicas estão matando muitas borboletas no meio do caminho. As que conseguem chegar ao destino final ainda enfrentam outro problema: as queimadas que acontecem no bosque de Oyamel, no México, onde costumam se abrigar durante o inverno dos EUA.
A penúltima posição do ranking da WWF é do RINOCERONTE DE JAVA. Entre os mamíferos raros de grande porte, esse é o mais ameaçado de extinção, já que em todo o mundo existem menos de 60 exemplares dessa espécie. Os rinocerontes de java vivem em duas reservas naturais, na Indonésia e no Vietnã, mas mesmo assim são caçados ilegalmente para a venda do chifre no mercado negro.
O animal-símbolo da WWF ocupa a última posição da lista de animais ameaçados de extinção. O futuro do PANDA-GIGANTE preocupa os ambientalistas já que, atualmente, restam cerca de 1,6 mil exemplares dessa espécie na natureza e o seu habitat natural está cada vez mais ameaçado. Isso porque o crescimento das cidades da China, onde vivem, faz com que as florestas do país fiquem fragmentadas. Consequentemente, os pandas passam a se separar e viver em pequenas populações, o que compromete a reprodução e os deixa mais vulneráveis.