A maneira como nos relacionamos com o meio ambiente define a nossa qualidade de vida. Pensando nisso, o projeto Click Trilha levou alunos do ensino médio do Colégio Arquidiocesano para participar de oficinas de educação ambiental durante a ‘Quinta no Parque’, na APA Morro do Urubu.
Durante a manhã os estudantes acompanhados pelo professor José Bezerra e pelo corpo técnico da SEMARH participaram de Trilhas e de visita monitorada ao parque onde viram espécies da fauna e flora. Esses animais e árvores, na sua maioria, são pouco conhecidos. Divulgar a fauna e a flora nativa é muito importante, já que conhecendo melhor nossas espécies nativas de Sergipe e também algumas da fauna brasileira ameaçadas de extinção, as pessoas terão mais consciência para protegê-las.
O projeto é parceiro da SEMARH e participou da programação com uma Exposição Fotográfica sobre a fauna e a flora do Parque Nacional Serra de Itabaiana. Participaram também do evento: o IBAMA, a EMSURB e o SAMU.
O Projeto de Educação Ambiental“Click Trilha”, busca promover uma maior interação dos participantes com a natureza, tirando-os de sua rotina urbana e vivenciando com eles a natureza de perto. Enquanto percorrem as trilhas, fotografam a fauna e a flora da região e são sensibilizados em relação aos problemas ambientais, o que promove uma mudança de comportamento tornando-os mais responsáveis pela preservação do meio ambiente.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Click Trilha na Serra da Miaba: Conhecer para Conservar
O Projeto de Educação Ambiental Click Trilha realizou uma Expedição Pedagógica com professores e alunos do ensino médio do Colégio Arquidiocesano, na Serra da Miaba, Localizada na região agreste de Sergipe, no município de São Domingos, a 76 km da capital, Aracaju.
Acreditamos que nada pode substituir o contato direto, a vivência pessoal do educando com a natureza,por isso, durante a Trilha os participantes foram sensibilizados quanto à degradação ambiental promovida pelos moradores da região, o desmatamento, as queimadas, além de fotografar fauna, flora e paisagem do lugar.
A Expedição pedagógica contou com o apoio dos membros do Grupo de Radio Amador e PX Tubarões da Praia de Aracaju; Cleandro Barreto e Manoel Gomes além dos professores Wilson Lemos de geografia, Avelar Matos e José Gouveia de história.
Ao longo do ano o projeto de educação ambiental Click Trilha desenvolve atividades pedagógicas, que reforçam os princípios de conscientização e preservação dos recursos naturais, além do incentivar atitudes e hábitos ecologicamente corretos.
As fotos da Expedição na Serra da Miaba, São Domingos, Sergipe.
Acreditamos que nada pode substituir o contato direto, a vivência pessoal do educando com a natureza,por isso, durante a Trilha os participantes foram sensibilizados quanto à degradação ambiental promovida pelos moradores da região, o desmatamento, as queimadas, além de fotografar fauna, flora e paisagem do lugar.
A Expedição pedagógica contou com o apoio dos membros do Grupo de Radio Amador e PX Tubarões da Praia de Aracaju; Cleandro Barreto e Manoel Gomes além dos professores Wilson Lemos de geografia, Avelar Matos e José Gouveia de história.
Ao longo do ano o projeto de educação ambiental Click Trilha desenvolve atividades pedagógicas, que reforçam os princípios de conscientização e preservação dos recursos naturais, além do incentivar atitudes e hábitos ecologicamente corretos.
As fotos da Expedição na Serra da Miaba, São Domingos, Sergipe.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Os 10 animais mais ameaçados de extinção
No ranking da WWF, o TIGRE aparece como o animal mais ameaçado de extinção do planeta. Pesquisas da ONG revelam que, hoje, existem menos de 3,2 mil exemplares da espécie soltos na natureza, ocupando cerca de 7% de seu habitat original, já que todo o resto já foi destruído pelo homem. Caçadores impetuosos nas florestas, esses animais se tornaram uma das presas favoritas dos homens. Isso porque a pele dos tigres tem um alto valor econômico e outras partes do corpo do felino ainda são compradas por um preço razoável, no mercado asiático, para uso medicinal.
O URSO POLAR se tornou o símbolo dos animais que sofrem com a perda de habitat natural por conta das mudanças climáticas, ocupando o segundo lugar da lista da WWF. Atualmente, cerca de 25 mil exemplares dessa espécie vivem no Ártico, mas o degelo na região, provocado pelo aumento da temperatura do planeta, pode matar dois terços desses animais. Além disso, as atividades petroleiras e os derramamentos de óleo no local contribuem para o aumento do risco de extinção da espécie
Um dos mais recentes animais a entrar na lista de ameaçados de extinção do planeta é a MORSA, que já ocupa a terceira posição do ranking da WWF. O derretimento das geleiras, causado pelo aumento da temperatura global, compromete uma série de atividades básicas desse tipo de animal, como alimentação, reprodução e proteção de predadores. Com isso, a espécie acaba migrando para áreas menos seguras e, consequentemente, está cada vez mais próxima da extinção. Em setembro de 2009, por exemplo, 200 morsas foram encontradas, mortas, em uma área terrestre do Alasca, bem longe do seu habitat natural.
O PINGUIM-DE-MAGALHÃES é a quarta espécie listada no ranking da WWF. Há alguns anos, os derramamentos de óleo eram o principal culpado pela ameaça de extinção desse tipo de pinguim, que vive em locais como as Ilhas Malvinas e a Patagônia. As mudanças climáticas, no entanto, mudaram esse cenário: hoje, o aquecimento das correntes marítimas é o principal responsável pela morte da espécie. Isso porque a alteração de temperatura da água afasta os peixes de seu habitat natural e, consequentemente, obriga os pinguins a nadar muito mais longe para conseguir alimento. No meio do caminho, muitos adoecem ou, até mesmo, morrem. Resultado: 12 das 17 espécies de pinguins conhecidas no planeta estão ameaçadas de extinção.
Ela existe há mais de 100 milhões de anos e, agora, por culpa da ação do homem, ocupa a quinta posição no ranking da WWF de espécies ameaçadas de extinção. A quantidade de TARTARUGAS-DE-COURO na natureza diminuiu 78% em cerca de 14 anos por conta da poluição e aquecimento das águas oceânicas e, ainda, da caça ilegal da espécie. Pesquisadores afirmam que, atualmente, há apenas 2,3 mil fêmeas desse tipo de tartaruga no Oceano Pacífico, onde vivem, e a quantidade de machos pode ser ainda menor, já que as tartarugas desse sexo são mais afetadas pelas mudanças climáticas.
A pesca predatória, incentivada pelo consumo excessivo, colocou o ATUM-AZUL em sexto lugar na lista da WWF. A falta de leis para a captura do peixe, que é um dos principais ingredientes do sushi, fez com que a quantidade de atum-azul diminuísse drasticamente nos oceanos de todo o mundo. Desde o século XIX, a população da espécie caiu mais de 80%, transformando a caça predatória do atum-azul em uma das pautas da COP-10.
A sétima posição do ranking da WWF é ocupada pelo GORILA-DAS-MONTANHAS. Atualmente, existem, apenas, 680 animais dessa espécie nas florestas da África, onde vivem. A maioria deles se concentra em regiões de conflito permanente entre humanos, o que faz com que seu habitat natural seja cada vez mais devastado. Além disso, a caça ilegal da espécie é muito comum na África e pode resultar na extinção permanente dos gorilas-das montanhas já na próxima década.
A BORBOLETA-MONARCA é outra vítima das mudanças climáticas que corre sério risco de extinção e, por isso, ocupa o oitavo lugar na lista da WWF. A espécie tem o hábito de atravessar os EUA, no inverno, para buscar o calor das florestas mexicanas. No entanto, as mudanças drásticas de temperatura e, principalmente, as tempestades atípicas estão matando muitas borboletas no meio do caminho. As que conseguem chegar ao destino final ainda enfrentam outro problema: as queimadas que acontecem no bosque de Oyamel, no México, onde costumam se abrigar durante o inverno dos EUA.
A penúltima posição do ranking da WWF é do RINOCERONTE DE JAVA. Entre os mamíferos raros de grande porte, esse é o mais ameaçado de extinção, já que em todo o mundo existem menos de 60 exemplares dessa espécie. Os rinocerontes de java vivem em duas reservas naturais, na Indonésia e no Vietnã, mas mesmo assim são caçados ilegalmente para a venda do chifre no mercado negro.
O animal-símbolo da WWF ocupa a última posição da lista de animais ameaçados de extinção. O futuro do PANDA-GIGANTE preocupa os ambientalistas já que, atualmente, restam cerca de 1,6 mil exemplares dessa espécie na natureza e o seu habitat natural está cada vez mais ameaçado. Isso porque o crescimento das cidades da China, onde vivem, faz com que as florestas do país fiquem fragmentadas. Consequentemente, os pandas passam a se separar e viver em pequenas populações, o que compromete a reprodução e os deixa mais vulneráveis.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Educação Ambiental na ALESE
O Educador Ambiental José Bezerra Neto foi convidado pela Assembléia Legislativa de Sergipe para apresentar seus projetos através de fotografias no Espaço Cultural Digenal Queirós, na exposição “Porque é Primavera”. Ex-aluno do Colégio Arquidiocesano, onde hoje é educador ambiental e responsável pelo projeto de educação ambiental Cheirinho de Mato, Bezerra é, sobretudo, um ambientalista e acredita que o meio ambiente é a fonte de recursos da humanidade, e por isso mesmo deveria ser explorado de forma mais planejada, a fim de que as futuras gerações ainda possam usufruir desses recursos.
As fotografias de Bezerra e de seus alunos registram o desenvolvimento dos projetos Cheirinho de Mato e Click Trilha. Para ele a fotografia sempre fez parte dos seus trabalhos, pois registra o momento de integação do educando com o meio ambiente.
Os projetos são desenvolvidos com atividades pedagógicas, ações estratégicas de sensibilização ambiental e oficinas que oferecem um olhar mais aprimorado e atento sobre a sustentabilidade, estimula os alunos a adotar melhores práticas ambientais em suas casas e em suas vidas.
Tem sua trajetória profissional estreitamente vinculada à proteção da natureza e, coroando com êxito o seu engajamento ecológico, José Bezerra foi contemplado com varios prêmios pelo trabalho desenvolvido nas árias social e ambiental, dentre eles o Prêmio Honra ao Merito Educacional na categoria Educação Ambiental pela Federação dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Sergipe - FENEN/SE, o Prêmio Educar-se pelo Portal Educar-se e o Prêmio Betinho – Atitude Cidadão, que foi lançado pelo Comitê de Entidades no Combate a Fome Pela Vida, em homenagem ao sociólogo Herbert de Souza, buscando valorizar as pessoas que praticam no dia a dia a luta contra a fome e a promoção da cidadania.
Extração clandestina é uma das principais ameaças ao mogno. Seguindo os passos do pau-Brasil, o mogno pode desaparecer.
O mogno-brasileiro (Swietenia macrophylla) é uma árvore nativa da Amazônia, mais comum no sul do Pará. Também ocorre no Acre, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Países como México e Peru também registram ocorrência da espécie.
A árvore pode ser encontrada em floresta clímax, de terra firme, argilosa. O crescimento da planta é rápido, sendo que pode atingir quatro metros aos dois anos de idade. A largura do tronco varia entre 50 e 80 cm de diâmetro. O mogno floresce nos meses novembro e janeiro. Seus frutos amadurecem no mês de setembro e se prolongam até meados de novembro. A árvore é ornamental quando usada na arborização de parques e jardins.
A lagarta Hypsypyla grandella, conhecida como broca-do-mogno, é uma ameaça ao mogno brasileiro. Ela ataca a árvore, impedindo seu desenvolvimento, especialmente em áreas de reflorestamento, onde a densidade é muito maior que na floresta. O plantio de outras espécies por perto pode amenizar os efeitos negativos da broca-do-mogno.
A madeira do mogno é muito usada na produção de móveis. Muitos apreciam o material pela facilidade com que é trabalhado, pela estabilidade e duração. Depois de polida, a madeira apresenta um aspecto castanho-avermelhado brilhante que chama atenção pela beleza. O mogno é usado em mobiliário de luxo, objetos de adorno, painéis, acabamentos internos, entre outros. É aproveitado também na produção de instrumentos musicais, principalmente em guitarras e violões, pelo timbre característico e ressonância sonora, que tende ao médio-grave.
Quase extinto
O mogno corre sério risco de extinção. Um dos motivos é a extração de madeira clandestina que causa também devastação da floresta amazônica. Isso acontece porque o mogno tem alto valor comercial e aceitação no mercado internacional. A espécie já desapareceu de grandes áreas da Amazônia e resiste apenas em regiões de difícil acesso e em áreas protegidas. Mas mesmo as áreas protegidas não intimidam madeireiros ilegais, que abrem estradas na mata em busca das valiosas árvores de mogno. A derrubada ilegal e arraste da madeira leva à destruição de até 30 árvores próximas, o que agrava ainda mais o desmatamento.
A exploração, o transporte e a comercialização do mogno brasileiro estão suspensos no Brasil desde outubro de 2001, por meio de Instrução Normativa, editada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A árvore pode ser encontrada em floresta clímax, de terra firme, argilosa. O crescimento da planta é rápido, sendo que pode atingir quatro metros aos dois anos de idade. A largura do tronco varia entre 50 e 80 cm de diâmetro. O mogno floresce nos meses novembro e janeiro. Seus frutos amadurecem no mês de setembro e se prolongam até meados de novembro. A árvore é ornamental quando usada na arborização de parques e jardins.
A lagarta Hypsypyla grandella, conhecida como broca-do-mogno, é uma ameaça ao mogno brasileiro. Ela ataca a árvore, impedindo seu desenvolvimento, especialmente em áreas de reflorestamento, onde a densidade é muito maior que na floresta. O plantio de outras espécies por perto pode amenizar os efeitos negativos da broca-do-mogno.
A madeira do mogno é muito usada na produção de móveis. Muitos apreciam o material pela facilidade com que é trabalhado, pela estabilidade e duração. Depois de polida, a madeira apresenta um aspecto castanho-avermelhado brilhante que chama atenção pela beleza. O mogno é usado em mobiliário de luxo, objetos de adorno, painéis, acabamentos internos, entre outros. É aproveitado também na produção de instrumentos musicais, principalmente em guitarras e violões, pelo timbre característico e ressonância sonora, que tende ao médio-grave.
Quase extinto
O mogno corre sério risco de extinção. Um dos motivos é a extração de madeira clandestina que causa também devastação da floresta amazônica. Isso acontece porque o mogno tem alto valor comercial e aceitação no mercado internacional. A espécie já desapareceu de grandes áreas da Amazônia e resiste apenas em regiões de difícil acesso e em áreas protegidas. Mas mesmo as áreas protegidas não intimidam madeireiros ilegais, que abrem estradas na mata em busca das valiosas árvores de mogno. A derrubada ilegal e arraste da madeira leva à destruição de até 30 árvores próximas, o que agrava ainda mais o desmatamento.
A exploração, o transporte e a comercialização do mogno brasileiro estão suspensos no Brasil desde outubro de 2001, por meio de Instrução Normativa, editada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O WWF-Brasil trabalha na região amazônica, onde há maior ocorrência do mogno. Com autoridades governamentais, comunidades locais e indígenas, organizações não-governamentais, o setor privado e outros, a organização busca contribuir para a proteção de grandes porções da Amazônia e de sua singular biodiversidade e serviços ecológicos.
O mogno-brasileiro pode ser encontrado em floresta clímax, de terra firme, argilosa. A extração de madeira clandestina, que causa também devastação da floresta amazônica, é uma das ameaças à espécie.
Curiosidades
- A madeira possui alta resistência ao ataque de cupins.
- Os índios xicrin do catete, no sudeste do Pará, foram os primeiros a plantar mogno de forma manejada, em projeto do Instituto Socioambiental.
- Em 2002 o Mogno foi incluso no anexo II da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, realizada no Chile.
Fonte:WWF-Brasil
Click Trilha no Parque Nacional Serra de Itabaiana: Conhecer para Conservar
O Parque Nacional Serra de Itabaiana foi criado em 15 de junho de 2005, por meio do decreto publicado no Diário Oficial da União, edição número 114 de 16 de junho de 2005 e localiza-se na região do agreste de Itabaiana, a 45 quilômetros de Aracaju, capital do estado de Sergipe, e está inserido nos municípios de Areia Branca, Itabaiana, Itaporanga D`Ajuda, Laranjeiras e Campo do Brito.
O objetivo principal do Parque é proteger uma ilha remanescente da Mata Atlântica, e a fauna, flora e recursos hídricos e paisagísticos nela inseridos, bem como promover a pesquisa, educação ambiental e turismo ecológico. Sua área abrange 7.966 hectares .
Está localizado em uma zona de transição entre a caatinga e a Mata Atlântica, e o quadro climático predominante na bacia onde está inserida é semi-árido. Nele predomina um relevo ondulado e suave ondulado, constituído pelo Domo de Itabaiana, representado pelas Serra de Itabaiana, Comprida e do Cajueiro, com altitudes variando entre 400 e 659 metros .
É uma importante região de fornecimento de água para as comunidades do entorno e a capital do estado, contribuindo diretamente com 30% do abastecimento da cidade de Aracaju (Rio Poxim), que tem as suas nascentes na Serra do Cajueiro. A região do agreste beneficia-se diretamente da proteção das nascentes e dos cursos de água formadores da barragem do rio Jacarecica, tendo como principais afluentes tributários os riachos Coqueiro, Água Fria, dos Negros e Vermelho, todos com nascentes no interior do Parque. O rio Cotingüiba, cujas nascentes se localizam no parque, é importante para a atividade industrial, especialmente as usinas de açúcar, além do seu uso na irrigação de culturas de cana de açúcar.
O idealizador do Projeto Click Trilha, José Bezerra, foi aluno do Colégio Arquidiocesano onde é professor de biologia e educação ambiental há mais de 20 anos e desenvolve sua trajetória profissional estreitamente vinculada à proteção da natureza.
Nas fotos as diversas expedições ecológicas de sensibilização ambiental realizadas com alunos do Colégio Arquidiocesano.
Fonte: Informações SEMARH
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Click Trilha no Parque dos Falcões: Conhecer para Conservar
A primeira atividade, logo na chegada ao Parque Nacional Serra de Itabaiana, é receber um saco para coletar lixo encontrado, ouvir importantes recomendações de como proceder para evitar acidentes, o convite para entrar em contato direto com o ambiente e realizar uma caracterização ambiental por percepção. Ao longo do trajeto, atravessam pontes, riachos, troncos caídos, encontram: paredões, grutas, nascentes de rios importantes e participam de dinâmicas em que fazem sentir a importância da água para a vida. A visita ao Parque dos Falcões serviu para mostrar aos alunos do Arqui o trabalho realizado com as aves de rapina e a importância de cada um no ecossistema.
As trilhas são feitas interagindo ao máximo com a natureza, parando bem próximo às árvores observando bromélias, orquídeas e as relações ecológicas, nos riachos e no poço das moças a importância da mata ciliar e as características dos ecossistemas. Aprender uma disciplina ao ar livre é realmente inesquecível, além de muito eficaz. Essas atividades proporcionam aos estudantes do ensino médio aprender in loco o funcionamento de um ecossistema e reconhecer a importância da preservação do meio ambiente. À frente das expedições está o professor e ambientalista José Bezerra. As expedições fazem parte do projeto de educação ambiental Click Trilha. Participaram também da expedição a Professora de Biologia Reinalda Alves e o design Marcos Fraga
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
A Sala de Aula à Serviço da Natureza
Ligado à área de educação ambiental há mais de 20 anos, o professor e coordenador de projetos ambientais José Bezerra nos relata um pouco da sua experiência e mostra quanto os projetos ambientais podem despertar nos jovens sentimentos para o bom uso e preservação dos recursos naturais.
Em época de efeito estufa e aquecimento global, é comum a mídia explorar atualmente nos seus noticiários relatos apontando a importância da preservação e conscientização dos recursos naturais. Contudo, estes constantes apelos não têm surtido quase nenhuma ou pouca diferença entre a população. E este fenômeno é explicado pelos especialistas como resultado do pouco (para não dizer inexistente) incentivo de práticas de ensino aos jovens e crianças direcionadas ao bom uso e cuidado dos materiais de origem orgânica.
Para falar um pouco mais sobre este assunto e entender o quanto é importante cultivar, desde as mais tenras gerações, o respeito e amor pela natureza, o Empauta UFS conversa com o professor e educador de projetos relacionados ao meio ambiente, José Bezerra.
Empauta UFS: Como surgiu o seu interesse em desenvolver projetos ligados à área ambiental?
José Bezerra: Eu fui criado em fazenda, então sempre fui do mato mesmo, um bicho do mato o tempo todo. Tanto é que quando eu era pequeno tinha um maior problema, porque eu ia para a fazenda e na hora de voltar para casa eu entrava no mato e não saía mais. Pra você ter idéia, era preciso meu pai me pegar à força para irmos embora. Por isso, como sempre gostei de mato, animais, árvores e tudo isso, eu estudei mais a fundo sobre esta área e percebi que poderia manter vínculo com este meio através dos estudos. No colégio Arquidiocesano, eu comecei a lecionar matérias como biologia, química e física e depois de ter passado no vestibular de biologia fui convidado pelo colégio para novamente dar aulas e já estou na escola há mais de 10 anos. Mas, no início, ainda não havia desenvolvido nenhum projeto ambiental concretamente, só fazia, de vez em quando, aulas diferenciais como trilhas na Serra de Itabaiana, em que tive a oportunidade de me aproximar do IBAMA. E desse meu contato com a instituição, surgiu que um dia eu fui indicado por eles a realizar um projeto ambiental na Fazenda Boa Luz que apesar de ser um local muito bonito, paradisíaco, não possuía, naquele momento, nenhuma explicação sobre nada da sua fauna e flora. Então, a direção da fazenda me solicitou um projeto, fiz um trabalho que consistia num estudo aprofundado sobre o meio ambiente daquela região e permaneci por bastante tempo até depois sair de lá.
Empauta UFS: Em sua opinião, de que forma os projetos ambientais podem inserir valores de preservação e consciência ecológica nas crianças?
José Bezerra: De acordo com as reuniões do meio ambiente, não se pode falar em meio ambiente, hoje, sem falar no projeto de educação ambiental. E interessante esta questão, porque até pouco tempo o meio ambiente era algo tão excluído dos jovens. Eles somente ouviam falar sobre isso, mas não existia uma prática, um contato. E nós sabemos que quando a gente não conhece ou convive próximo de alguma coisa, acabamos dando pouca importância para esta coisa. Nós jamais iremos defender algo que a gente não goste ou não conheça. Por isso, acredito que a educação ambiental é algo primordial, imperativo, extremamente necessário para a formação dos jovens. Tanto a educação ambiental formal inserida no âmbito interdisciplinar ou multidisciplinar da escola, como a educação ambiental informal focada no desenvolvimento de atividades ligadas à comunidade em geral.
Empauta UFS: Conte-nos como eram as atividades dos projetos pedagógicos ambientais em que o senhor coordenou?
José Bezerra: No colégio Arquidiocesano eu vinha desenvolvendo um trabalho de educação ambiental de forma individual, levando os alunos para fazerem as revisões do vestibular ou trilhas na Serra de Itabaiana. Havia um incentivo da escola, mas ainda era algo um pouco restrito. Só depois dos projetos desenvolvidos na Boa Luz como o Vale dos Dinossauros e o Mundo dos Insetos e a sua repercussão tanto dentro do estado e até nacionalmente através das reportagens do jornal O Globo e do programa da Xuxa, foi possível chamar a atenção da coordenação do colégio e eles me fizeram um convite para montar um projeto utilizando o espaço de um terreno baldio, vizinho ao Arquifarolândia, e que só era usado como depósito de lixo. Foi desta iniciativa que nasceu o Projeto Cheirinho do Mato, pioneiro no estado no desenvolvimento de atividades ligadas à área de educação ambiental.
Empauta UFS: Como foi a recepção desses projetos pelas crianças?
José Bezerra: Na Boa Luz, durante o tempo em que estive por lá, foram recebidos mais de 12.000 mil alunos provenientes de escolas públicas e particulares que agendavam visitas com a duração de um dia para uma vivência ecológica ou um acampamento ecológico durante o fim de semana. E eram diversas atividades que desenvolvíamos neste passeio, os alunos realmente tinham um contato direto com a natureza. Engraçado foi uma vez que o pessoal da Boa Luz pediu para que eu levasse cobras para o acampamento (risos) e isso assustava um pouquinho o pessoal, mas eles gostavam muito. E também com os projetos do colégio Arquidiocesano em que eu fazia revisões do vestibular ou aulas sobre botânica na Serra de Itabaiana, eu notava muita empolgação por parte dos alunos.
Empauta UFS: Depois da implantação destes projetos no meio escolar, houve alguma melhora ou mudança de atitude das crianças quanto ao uso dos recursos naturais?
José Bezerra: Ah! Sim, com certeza. É como já tinha dito antes: a prática, o contato com o meio ambiente e os recursos naturais transforma qualquer pessoa. Inclusive, os jovens que ainda estão em um processo de formação da personalidade e do seu caráter.
Empauta UFS: Após a escola particular ao qual o senhor estar coordenado os projetos ambientais ter recebido o prêmio socioambiental brasileiro, o senhor acredita que houve uma maior procura das instituições de ensino privada para a inserção dentro do seu espaço escolar de projetos ligados à educação ambiental?
José Bezerra: Com relação à implantação de projetos fixos e contínuos, ainda é pouca a procura das escolas particulares por este tipo de atividade. De vez em quando, sou convidado por uma instituição a participar de palestras e discussões sobre assuntos ligados ao meio ambiente, mas nada muito além disso. Sinto um interesse maior, com relação a estes projetos, por parte das escolas públicas tanto da capital quanto do interior do Estado.
Empauta UFS: Acredita que há um incentivo das autoridades governamentais para o desenvolvimento de projetos ligados ao meio ambiente dentro das escolas públicas?
José Bezerra: Não vejo muito incentivo das autoridades governamentais com relação ao desenvolvimento de projetos ambientais. Na verdade, muito do meu trabalho e de outras pessoas engajadas também neste meio é realizar mobilizações com nossos contatos da área política e empresarial para desenvolverem leis a partir das necessidades que enfrentamos na prática durante a nossa luta de preservação da natureza. Afinal, mediante uma situação errada você pode até brigar e surtir um efeito naquele momento, mas para que ocorra uma real mudança daquele fato é necessário realizar a implantação de leis ou medidas eficazes por parte de vereadores, deputados, outras instâncias governamentais e até mesmo o ministério público juntamente com a polícia ambiental.
Empauta UFS: Atualmente, o senhor está coordenado alguma atividade ecológica? O que ela consiste?
José Bezerra: Atualmente continuo coordenando o projeto Cheirinho do Mato que é um laboratório ao ar livre com 7.000 m² e composto por um moinho de vento, uma horta com oito canteiros, uma farmácia viva de plantas medicinais de diversas espécies, um minhocário (cultivo de minhocas), uma oficina de reciclagem que trabalha com plástico e metal, um pequeno zoológico com coelhos, patos, marrecos, pavão e até animais silvestres como jabutis que conseguimos mediante autorização do IBAMA. Além disso, coordeno o projeto ambiental do Yázigi Internexus Aracaju, que este ano conta com o grande projeto de educação ambiental Ecoefficiency voltado para a prática de preservação e conscientização dos recursos naturais por meio de simples mudanças de hábitos de consumo.
Empauta UFS: Em sua opinião, o sistema de ensino vigorado hoje no Brasil dá um bom suporte para o desenvolvimento de projetos educacionais ligados ao meio ambiente?
José Bezerra: Mesmo apresentando semelhante necessidade do que as escolas particulares, as escolas públicas possuem programas voltados para a educação ambiental de forma ainda muita tímida. Os alunos até demonstram uma boa receptividade a estes projetos. Já tive a oportunidade de levar ao projeto Cheirinho do Mato, alunos da escola pública desde o ensino infantil até o ensino médio e sinto que eles ficam muito contentes ao terem contato com a natureza. Acredito que só com o crescimento das políticas de educação ambiental nos municípios e estado é que será possível levar adiante estes projetos ambientais para o ensino público brasileiro.
Empauta UFS: Agora com relação aos docentes, o senhor acha que eles estãopreparados para serem educadores ambientais?
José Bezerra: Os professores estão sedentos de informação. Eles estão, sim, preparados. Mas a estrutura atual da educação brasileira não dá suporte para que o corpo docente se envolva e queira realmente levar adiante algum projeto educacional voltado ao meio ambiente.
Fonte: UFS
Em época de efeito estufa e aquecimento global, é comum a mídia explorar atualmente nos seus noticiários relatos apontando a importância da preservação e conscientização dos recursos naturais. Contudo, estes constantes apelos não têm surtido quase nenhuma ou pouca diferença entre a população. E este fenômeno é explicado pelos especialistas como resultado do pouco (para não dizer inexistente) incentivo de práticas de ensino aos jovens e crianças direcionadas ao bom uso e cuidado dos materiais de origem orgânica.
Para falar um pouco mais sobre este assunto e entender o quanto é importante cultivar, desde as mais tenras gerações, o respeito e amor pela natureza, o Empauta UFS conversa com o professor e educador de projetos relacionados ao meio ambiente, José Bezerra.
Empauta UFS: Como surgiu o seu interesse em desenvolver projetos ligados à área ambiental?
José Bezerra: Eu fui criado em fazenda, então sempre fui do mato mesmo, um bicho do mato o tempo todo. Tanto é que quando eu era pequeno tinha um maior problema, porque eu ia para a fazenda e na hora de voltar para casa eu entrava no mato e não saía mais. Pra você ter idéia, era preciso meu pai me pegar à força para irmos embora. Por isso, como sempre gostei de mato, animais, árvores e tudo isso, eu estudei mais a fundo sobre esta área e percebi que poderia manter vínculo com este meio através dos estudos. No colégio Arquidiocesano, eu comecei a lecionar matérias como biologia, química e física e depois de ter passado no vestibular de biologia fui convidado pelo colégio para novamente dar aulas e já estou na escola há mais de 10 anos. Mas, no início, ainda não havia desenvolvido nenhum projeto ambiental concretamente, só fazia, de vez em quando, aulas diferenciais como trilhas na Serra de Itabaiana, em que tive a oportunidade de me aproximar do IBAMA. E desse meu contato com a instituição, surgiu que um dia eu fui indicado por eles a realizar um projeto ambiental na Fazenda Boa Luz que apesar de ser um local muito bonito, paradisíaco, não possuía, naquele momento, nenhuma explicação sobre nada da sua fauna e flora. Então, a direção da fazenda me solicitou um projeto, fiz um trabalho que consistia num estudo aprofundado sobre o meio ambiente daquela região e permaneci por bastante tempo até depois sair de lá.
Empauta UFS: Em sua opinião, de que forma os projetos ambientais podem inserir valores de preservação e consciência ecológica nas crianças?
José Bezerra: De acordo com as reuniões do meio ambiente, não se pode falar em meio ambiente, hoje, sem falar no projeto de educação ambiental. E interessante esta questão, porque até pouco tempo o meio ambiente era algo tão excluído dos jovens. Eles somente ouviam falar sobre isso, mas não existia uma prática, um contato. E nós sabemos que quando a gente não conhece ou convive próximo de alguma coisa, acabamos dando pouca importância para esta coisa. Nós jamais iremos defender algo que a gente não goste ou não conheça. Por isso, acredito que a educação ambiental é algo primordial, imperativo, extremamente necessário para a formação dos jovens. Tanto a educação ambiental formal inserida no âmbito interdisciplinar ou multidisciplinar da escola, como a educação ambiental informal focada no desenvolvimento de atividades ligadas à comunidade em geral.
Empauta UFS: Conte-nos como eram as atividades dos projetos pedagógicos ambientais em que o senhor coordenou?
José Bezerra: No colégio Arquidiocesano eu vinha desenvolvendo um trabalho de educação ambiental de forma individual, levando os alunos para fazerem as revisões do vestibular ou trilhas na Serra de Itabaiana. Havia um incentivo da escola, mas ainda era algo um pouco restrito. Só depois dos projetos desenvolvidos na Boa Luz como o Vale dos Dinossauros e o Mundo dos Insetos e a sua repercussão tanto dentro do estado e até nacionalmente através das reportagens do jornal O Globo e do programa da Xuxa, foi possível chamar a atenção da coordenação do colégio e eles me fizeram um convite para montar um projeto utilizando o espaço de um terreno baldio, vizinho ao Arquifarolândia, e que só era usado como depósito de lixo. Foi desta iniciativa que nasceu o Projeto Cheirinho do Mato, pioneiro no estado no desenvolvimento de atividades ligadas à área de educação ambiental.
Empauta UFS: Como foi a recepção desses projetos pelas crianças?
José Bezerra: Na Boa Luz, durante o tempo em que estive por lá, foram recebidos mais de 12.000 mil alunos provenientes de escolas públicas e particulares que agendavam visitas com a duração de um dia para uma vivência ecológica ou um acampamento ecológico durante o fim de semana. E eram diversas atividades que desenvolvíamos neste passeio, os alunos realmente tinham um contato direto com a natureza. Engraçado foi uma vez que o pessoal da Boa Luz pediu para que eu levasse cobras para o acampamento (risos) e isso assustava um pouquinho o pessoal, mas eles gostavam muito. E também com os projetos do colégio Arquidiocesano em que eu fazia revisões do vestibular ou aulas sobre botânica na Serra de Itabaiana, eu notava muita empolgação por parte dos alunos.
Empauta UFS: Depois da implantação destes projetos no meio escolar, houve alguma melhora ou mudança de atitude das crianças quanto ao uso dos recursos naturais?
José Bezerra: Ah! Sim, com certeza. É como já tinha dito antes: a prática, o contato com o meio ambiente e os recursos naturais transforma qualquer pessoa. Inclusive, os jovens que ainda estão em um processo de formação da personalidade e do seu caráter.
Empauta UFS: Após a escola particular ao qual o senhor estar coordenado os projetos ambientais ter recebido o prêmio socioambiental brasileiro, o senhor acredita que houve uma maior procura das instituições de ensino privada para a inserção dentro do seu espaço escolar de projetos ligados à educação ambiental?
José Bezerra: Com relação à implantação de projetos fixos e contínuos, ainda é pouca a procura das escolas particulares por este tipo de atividade. De vez em quando, sou convidado por uma instituição a participar de palestras e discussões sobre assuntos ligados ao meio ambiente, mas nada muito além disso. Sinto um interesse maior, com relação a estes projetos, por parte das escolas públicas tanto da capital quanto do interior do Estado.
Empauta UFS: Acredita que há um incentivo das autoridades governamentais para o desenvolvimento de projetos ligados ao meio ambiente dentro das escolas públicas?
José Bezerra: Não vejo muito incentivo das autoridades governamentais com relação ao desenvolvimento de projetos ambientais. Na verdade, muito do meu trabalho e de outras pessoas engajadas também neste meio é realizar mobilizações com nossos contatos da área política e empresarial para desenvolverem leis a partir das necessidades que enfrentamos na prática durante a nossa luta de preservação da natureza. Afinal, mediante uma situação errada você pode até brigar e surtir um efeito naquele momento, mas para que ocorra uma real mudança daquele fato é necessário realizar a implantação de leis ou medidas eficazes por parte de vereadores, deputados, outras instâncias governamentais e até mesmo o ministério público juntamente com a polícia ambiental.
Empauta UFS: Atualmente, o senhor está coordenado alguma atividade ecológica? O que ela consiste?
José Bezerra: Atualmente continuo coordenando o projeto Cheirinho do Mato que é um laboratório ao ar livre com 7.000 m² e composto por um moinho de vento, uma horta com oito canteiros, uma farmácia viva de plantas medicinais de diversas espécies, um minhocário (cultivo de minhocas), uma oficina de reciclagem que trabalha com plástico e metal, um pequeno zoológico com coelhos, patos, marrecos, pavão e até animais silvestres como jabutis que conseguimos mediante autorização do IBAMA. Além disso, coordeno o projeto ambiental do Yázigi Internexus Aracaju, que este ano conta com o grande projeto de educação ambiental Ecoefficiency voltado para a prática de preservação e conscientização dos recursos naturais por meio de simples mudanças de hábitos de consumo.
Empauta UFS: Em sua opinião, o sistema de ensino vigorado hoje no Brasil dá um bom suporte para o desenvolvimento de projetos educacionais ligados ao meio ambiente?
José Bezerra: Mesmo apresentando semelhante necessidade do que as escolas particulares, as escolas públicas possuem programas voltados para a educação ambiental de forma ainda muita tímida. Os alunos até demonstram uma boa receptividade a estes projetos. Já tive a oportunidade de levar ao projeto Cheirinho do Mato, alunos da escola pública desde o ensino infantil até o ensino médio e sinto que eles ficam muito contentes ao terem contato com a natureza. Acredito que só com o crescimento das políticas de educação ambiental nos municípios e estado é que será possível levar adiante estes projetos ambientais para o ensino público brasileiro.
Empauta UFS: Agora com relação aos docentes, o senhor acha que eles estãopreparados para serem educadores ambientais?
José Bezerra: Os professores estão sedentos de informação. Eles estão, sim, preparados. Mas a estrutura atual da educação brasileira não dá suporte para que o corpo docente se envolva e queira realmente levar adiante algum projeto educacional voltado ao meio ambiente.
Fonte: UFS
Destino: Parque Nacional Serra de Itabaiana
A primeira atividade, logo na chegada ao Parque Nacional Serra de Itabaiana, é receber um saco para coletar lixo encontrado, ouvir importantes recomendações de como proceder para evitar acidentes, o convite para entrar em contato direto com o ambiente e realizar uma caracterização ambiental por percepção. Ao longo do trajeto, atravessam pontes, riachos, troncos caídos, encontram: paredões, grutas, nascentes de rios importantes e participam de dinâmicas em que fazem sentir a importância da água para a vida.
As trilhas são feitas interagindo ao máximo com a natureza, parando bem próximo às árvores observando bromélias, orquídeas e as relações ecológicas, nos riachos e no poço das moças a importância da mata ciliar e as características dos ecossistemas. Aprender uma disciplina ao ar livre é realmente inesquecível, além de muito eficaz. O professor José Bezerra, utiliza a diversidade da vegetação para ensinar ecologia e educação ambiental aos seus alunos do ensino médio de forma prática e prazerosa. Nada pode substituir o contato direto, a vivência pessoal de um aluno com a natureza.
À frente das expedições está o professor e ambientalista e autor do projeto José Bezerra. As expedições fazem parte do Projeto de Educação Ambiental Click Trilha.
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