Um incêndio de grandes proporções destruiu a vegetação em uma área superior a 80 hectares da Serra de Itabaiana. A parte afetada fica entre os povoados Caroba e Boqueirão, no município de Areia Branca – localidade conhecida como Serra Cumprida. Ainda não se sabe a proporção dos prejuízos, mas o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a Serra, avalia que este seria o maior incêndio nos últimos seis anos. O último nestas proporções, segundo informou o analista ambiental Marleno Costa, do ICMBio, aconteceu no ano de 2005.
Marleno Costa: orientações a donos de sítios (Foto: Portal Infonet) |
O trabalho efetivo de combate ao incêndio mobilizou um efetivo de 14 brigadistas e dois voluntários do ICMBio, além de contar com apoio da guarnição do Corpo de Bombeiros, um efetivo de nove homens, que atuou em uma outra parte da Serra, evitando a proliferação de outros focos. Os serviços tiveram que ser interrompidos à noite devido às dificuldades de acesso.
O Corpo de Bombeiros suspendeu a atividades pouco antes das 18h e a brigada do ICMBio trabalhou até às 20h. “As dificuldades decorrem do acúmulo de combustível muito seco, o forte calor na região, o fogo andando a favor do vento, ventos muito fortes e também pela peculiaridade do relevo”, constata o analista ambiental, que coordenou os trabalhos para combater o incêndio.
Na madrugada, por volta das 4h desta terça, 3, os trabalhos da brigada foram reiniciados e o fogo foi debelado por volta das 8h. Os prejuízos à fauna e à flora ainda não foram calculados, mas o incêndio não afetou residências existentes na região. “O pessoal chegou a perceber a presença de cobras mortas e seriemas correndo atônitas”, conta Marleno Costa.
O analista ambiental informa que o fogo também afeta diretamente as nascentes, que dependem da vegetação para se manter. Queimando a vegetação, as nascentes estão comprometidas causando prejuízos à comunidade que depende daqueles riachos para a sobrevivência.
Pelas características, acredita-se em incêndio criminoso. “Pelo local afetado, elimina-se a possibilidade de descuido de algum sitiante, mas isso só será comprovado quando for feita a perícia”, diz Costa, considerando indícios de crime.
Ele adverte aos sitiantes que necessitam de fazer queimadas para realizar o cultivo da terra sobre os prejuízos e riscos que o fogo pode causar à fauna e à flora e também à própria comunidade.
Para estes casos, o ICMBio coloca pessoal qualificado à disposição dos sitiantes que fará monitoramento e acompanhamento do processo de queimada. Para tanto, basta os interessados acionarem a brigada pelo telefone (79) – 9855-9020.
Fonte: Infonet, Por Cássia Santana